exposicao
MARIA NEPOMUCENO - BIG BANG BOCA
MARIA NEPOMUCENO
Maria Nepomuceno é uma artista brasileira que vive e trabalha na cidade do Rio de Janeiro. Se dedica principalmente a instalações e esculturas, algumas delas em território híbrido com a pintura, desenho e colagens, criando organismos em tramas que englobam tecido, contas de colar, corda, palha, argila, cerâmica, madeira, plantas e diversos outros materiais. Por vezes também objetos de uso cotidiano, e artesania popular principalmente oriundos do Brasil. A partir de pesquisas e viagens, Maria incorpora referências de trabalhos coletivos de comunidades indígenas, tecelãs e de Carnaval em suas obras como forma de interlocução com o espaço, com o tempo e com a diversidade cultural. Em sua obra escultórica é muito comum a mistura de cores vibrantes e o equilíbrio de volumes como propulsores do anacronismo entretempos, uma espécie de matemática viva onde suas formas incorporam um raciocínio poético e afetivo intenso.
Em 2023 participou da exposição "Maria Nepomuceno & Valentina Liernur Condo São Paulo 2023", n'A Gentil Carioca em São Paulo. Suas exposições individuais recentes incluem "Dentro e Fora Infinitamente", SCAD Museum of Art, Georgia, EUA; "Roda das Encantadas", Sikkema Jenkins & Co, Nova York, EUA; "Cordão Forte", Lugar Comum, Salvador, Brasil (2022); "Refloresta", The Portico Library, Manchester, Reino Unido (2021); "Pelo Amor...", A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, Brasil; "Vital", Sikkema Jenkins & Co, Nova York, EUA (2018); "Afetosynteses", Stavanger Kunstmuseum, Stavanger, Noruega (2017). Participou também das exposições coletivas "A Trama da Terra que Treme", A Gentil Carioca, São Paulo, Brasil; "Novos Horizontes - Inside Brazil's Contemporary Art Scene Vol. 1", Nichido Contemporary Art, Tokyo, Japão; "Forest: Wake this ground", Arnolfini Arts, Bristol, Reino Unido; "Threading the Needle", The Church Sag Harbor, Nova York, EUA (2022); "Bumbum Paticumbum Prugurundum", A Gentil Carioca, São Paulo, Brasil; "Ichihara Art x Mix 2020+", Ichihara, Japão (2021); "My Body, My Rules", Pérez Art Museum, Miami, EUA; "Já estava assim quando eu cheguei", Ron Mandos, Amsterdam, Holanda; "Collection of Catherine Petitgas", Museum of Contemporary Art MOCO, Montpellier, França (2020); entre outras.
Suas obras integram as coleções do Solomon R. Guggenheim, Nova York, EUA; Guggenheim Abu Dahbi, Museum of Fine Arts, Boston, EUA; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; Rubell Family Collection Contemporary Arts Foundation, Miami, EUA; Allen Memorial Art Museum, Ohio; MASP, São Paulo; entre outras.
MARIA NEPOMUCENO NO ARTIUM
Composta por uma única instalação em grande formato, desenvolvida especialmente para a arquitetura do Artium, a obra brotou no jardim do palacete e invadiu os salões internos, como um grande organismo vivo. A mostra ficou em cartaz até o dia 04 de novembro com entrada gratuita.
Apresentada pelo Ministério da Cultura e pela Comgás, Big Bang Boca foi uma realização do Instituto Artium de Cultura em parceria com o Ministério da Cultura e o Governo Federal, e deu seguimento à linha de trabalho da artista dos últimos anos. A instalação foi desenvolvida utilizando técnicas de manufatura tradicionais e outras inventadas, além de inserir objetos cotidianos trazendo uma referência ao surrealismo.
“Neste novo projeto tive a oportunidade de explorar um espaço singular, um palacete com uma arquitetura desafiadora por se fazer bastante presente. Concebi uma instalação que ganha vida a partir do jardim, como se emergisse naturalmente desse ambiente. Gradualmente, ela se expande, escala paredes e adentra a sala através da janela, criando uma sensação de invasão, mas de maneira acolhedora", detalha Maria Nepomuceno. "A ideia dessa obra contrapõe outros trabalhos que desenvolvi durante a pandemia, em que os organismos escapavam pelas janelas. Agora, os organismos enraizados partem da própria natureza, ocupando o espaço interior de forma orgânica e conectam-se à estrutura arquitetônica do salão. Esta relação com a terra reflete um desejo profundo de aterramento, de reforçar a importância do retorno à natureza e de expandir minhas raízes simbólicas através dessa instalação”, completa.
Sobre as emoções que desejava transmitir ao público, Maria Nepomuceno afirmou que propôs por meio da obra uma pulsação vital, uma energia de regeneração. "A construção em espiral da obra evoca uma ideia de expansão constante, um movimento que tende ao infinito e propõe uma afirmação da energia vital. Acredito que essa seja a principal contribuição que minha arte pode oferecer ao público: uma pulsão de vitalidade, regeneração e ao mesmo tempo, uma suspensão do tempo. O processo manual e minucioso de costura confere uma dimensão atemporal, um tempo que transcende as medidas convencionais e se mantém dilatado em suspensão".
Preíodo
27/08/2023 a 04/11/2023
Sessões
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